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Mercado imobiliário 2019: Algumas considerações

  • Foto do escritor: Kassio Feitosa Pinheiro
    Kassio Feitosa Pinheiro
  • 19 de dez. de 2018
  • 3 min de leitura

A insegurança no aspecto econômico marcou o ano de Dois mil e dezoito no cenário brasileiro. A queda do poder aquisitivo e a subida da inflação causaram impactos nítidos no mercado imobiliário. Em julho, o preço de imóveis novos e usados caiu. Entretanto, como em todo segmento, períodos de crise podem ser uma sinalização de novas perspectivas. Mas passadas as eleições e chegado o fim de ano, o mercado imobiliário chega em 2019 prometendo crescimento. Veja agora alguns motivos que prometem aquecer o mercado imobiliário.


1- Oportunidades no crédito imobiliário popular


Em dois mil e dezenove, quem desejar adquirir um novo empreendimento imobiliário popular poderá se beneficiar. Mudanças nas regras do CMN - Conselho Monetário Nacional, tendem a aquecer a concorrência das construtoras e incorporadoras, facilitando o credito ao consumidor.

Dos recursos financeiros provenientes da caderneta de poupanças para o financiamento imobiliário, 80% passarão, a partir de janeiro de 2019, a ser liberados para outras linhas de créditos. Com isso, agentes financeiros ganham opções diferentes além do Sistema Financeiro da Habitação. Isso significa que haverá, uma maior liberdade para oferecer financiamentos e empréstimos para outras modalidades de imóveis, gerando novas oportunidades no Sistema Financeiro imobiliário e no programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Ademais, tem-se a perspectiva de um aumento no teto do valor do imóvel. Com o sistema de correção modificado, apontam-se novas tendências para o financiamento popular de imóveis. Pessoas com perfil de compra de imóveis na faixa entre R$ 250 Mil e R$ 500 Mil reais terão uma maior facilidade em adquirir imóveis.


2- Expansão do Mercado Imobiliário


Ajustes fiscais e a queda de juros projetado pelo novo Governo, apontam para uma possível saída do cenário de recessão em dois mil e dezenove. O ciclo de variações dos imóveis em território brasileiro tende a ser completo com essas mudanças.

Apesar de existirem expectativas positivas, a janela para a expansão do mercado imobiliário em 2019 é pequena. As taxas desse crescimento econômico não serão elevadas. É o momento de empresas que detêm o poder de análise de suas métricas investirem de forma precisa, antecipando a variação do mercado.


3- Maior urgência em relação ao resultado das eleições


O segmento de incorporadoras vive um momento atual de crise e de pequena recuperação. Em 2014, eram 2,5 milhões de trabalhadores no segmento. Atualmente, em 2018, houve uma redução para 1,3 milhão no quadro. Aliado a isso, há um volume crescente de devoluções de imóveis ainda na planta ou distrato, que podem ter crescido com base na especulação imobiliária.

O ciclo positivo do mercado imobiliário depende de um equilíbrio de fatores macroeconômicos. Os cofres públicos, a Reforma da Previdência e demais questões aguardam uma resposta após as eleições. Portanto, a perspectiva do mercado imobiliário para 2019 precisa ser encarada juntamente com as possíveis reformas e o reequilíbrio da dívida interna.


4- Foco no segmento de imóveis de baixa renda


A perspectiva do mercado imobiliário em 2019 em relação a imóveis de médio e alto padrão ainda é cautelosa. A volatilidade desse nicho tende a desacelerar. Em contrapartida, segmentos de habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida, se mantêm resistentes. Além disso, o aumento de renda para empréstimos e financiamentos, como vimos, aumenta a confiabilidade desse perfil de cliente.

O foco no segmento de imóveis desse padrão pode ser uma estratégia valiosa para que empresas continuem competitivas no mercado imobiliário em 2019.


5- Mais segurança e credibilidade nas vendas online


As plataformas digitais que incentivam venda e locação de imóveis passam por um momento de desorganização. Anúncios são feitos sem padronização, com ofertas e fotos do mesmo imóvel repetidas. Isso ocorre como resultado do método de trabalho das imobiliárias, que acabam priorizando a quantidade de negócios fechados. Isso, porém, negligencia a experiência de compra do cliente.

Para o mercado imobiliário em 2019, será preciso atuar com excelência e atender novos perfis de clientes, que demandam maior credibilidade na venda de imóveis. Formatos de exclusividade, por exemplo, devem ser vantajosos para ambas as partes e não devem trazerem ônus em caso de cancelamento.


Considerações finais


O mercado imobiliário de 2019 tem algumas barreiras a serem superadas. A retração do poder de compra do cidadão brasileiro é uma realidade atual, e a diminuição do poder de mercado das incorporadoras também. Em algumas praças, como o Rio de Janeiro, a situação chega a extremos. Contratos com longos períodos de carência fazem com que imóveis comerciais tenham isenção. Nesse cenário, as possíveis oportunidades positivas serão mais segmentadas e pontuais

 
 
 

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